ACIDV4MP ACIDV4MP - Interestelar

Viajamos entre estrelas
Sente esse cheiro de incenso
Enquanto a morte carbura
Vê se não se assusta!

Aqui só rola da pura
Toma cuidado enquanto me usa
Permito, mas não abusa
Depois tu vem e me acusa

Como se não valesse nada
Mas eu valho, sua pra tá!
Muito mais que todas suas juras e falácias
Arquitetadas pensando em farturas

Mas quem não planta, não muda!
Aprendi com a rua, na luz da Lua
Costurando falhas e abalando a estrutura
Chega do meu lado e sussurra

Sente minha dor e me atura
Sente o relevo da sutura
Disfarça porque sei que tu não é burra
E esse baile tá uma uva!

Abaixo a ditadura!
Fico me perguntando
Será que eles me escutam?
Ou será que eles disputam

Depois tu vem e me acusa
Como se não valesse nada
Mas eu valho, sua pra*tá
Muito mais que todas suas juras e falácias
Arquitetadas pensando em farturas
Mas quem não planta, não muda
Aprendi com a rua, na luz da Lua
Costurando falhas e abalando a estrutura
Chega do meu lado e sussurra

Eu não posso mais!

Fingir que a dor não consome
Fingir que o brilho não apaga
Fingir que não sinto mais fome
Fingir que eu me sinto em casa

Pois o Sol me chama em brasa
Pede que eu volte mais cedo
Eu digo: Segura, isso passa
Tudo faz parte do enredo

Quem que faz brilhar o teu mundo?
Quem que aprecia tua joia?
Quem que acalma tudo em um segundo?
Quem que te cativa toda hora?

Talvez tu não saiba o teu medo
Só sente quando ele aflora
Segura tudo aí dentro
E sempre transborda pra fora

Não existem demônios, só a inconsciência
Tudo que não conhece, faz parte dessa ciência
Não adianta fugir, e depois falar que é displicência
Porque foi teu próprio ego que forjou tua sentença

Levanta e pede bença!
Já agradeceu hoje por ter tua própria crença?
Hoje a noite pede doze e joga as cartas na mesa
Olha tudo ao seu redor, memorize e não se esqueça!

Poeira fomos, poeira somos
Somos poeira estelar viajando
Aqui nos apegamos, por isso aqui ficamos
Nós todos replicamos essa dança e seu encanto

No entanto, (tu) sussurrando, que não faz sentido
Não importa o quanto veja, não aceita o seu destino
Empacotando mágoa, o coração tá ressentido
Vem dizer na minha cara o quanto que eu tô corrompido

Pois o Sol me chama em brasa
E pede que eu volte mais cedo
Eu digo: Segura, que isso passa
Tudo faz parte do enredo e você finge que não sabe

Sem graça! Eu levo isso como ameaça
Pode falar a verdade, não mente que a alma arde
Me mata de uma vez, não machuca pelas metades
Pois pra acabar comigo, sei que te falta coragem
Pois tu sabe que se eu for, tu não vai voltar mais tarde

E pode apostar tua vida, não queria que fosse assim
Por mais que eu me divirta, não vejo a hora do fim
A gente nunca aproveitou, nem nunca aproveitará
Pois sempre chegamos perto, e logo temos que lutar

E quem sabe se essa sina por nós não foi fabricada?
Faz milênios que minha alma se perde nessa estrada
Esse vento que me aponta diz que não sabe de nada
O que me resta desde sempre é continuar a caminhada